segunda-feira, 25 de setembro de 2017

ACORDEI



A cor dei... Dei cor a...

Dei cor a lembrança que dormiu ontem e persistiu hoje...
Era escura, mas pintei de laranja.

Aquela recordação de abraço de proteção, de palavra de orientação, de beijo de mãe...
Era tão cinza ontem, mas pintei de verde.

Uma vontade de apagar tudo e não aceitar o que vejo...
Era marrom, mas pintei de amarelo.

Um aperto no peito, um nó na garganta, uma angústia de tristeza...
Chorei.
E assim colori o que era sem cor de azul... misturei com lilás e vermelho e enxerguei que a tela é a mesma... a cor é que pode mudar... pois bem...

Vou pintar, fazer novos contornos, misturar cores... se acontecer da cor desbotar pela lágrima que cai, eu pinto de novo, mais uma vez, quantas vezes for preciso.


O que importa é A COR DAR.

                                              Vanille Pessoa 





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